Adelfopoiesis e Speech act , quando a Amizade se torna um ato de fala performativo e traz esperança

Vivendo em Comunhão
12 min readMar 11, 2024

--

Descriçaõ da imagem:Parece uma tela pintada com cores de verde e rocxo e no canto direito háduas mão com dois dedos mindinhos se entrelaçando, um clássico exemplo de demonstração de pacto de Amizade há duas cruzes que são cordões com uma cruz vazada. Eu ganhei uma quando me tornei membro de uma igreja e resolvi dar uma para o Abraão. Sim, são nossas mãos que aparecem na foto.

´Por Reginaldo dos Santos Gomes (Casa Aelredo)

Não insistas comigo — respondeu Rute — para que eu te dei­xe e me vá longe de ti. Aonde fores, eu irei; onde habitares, eu habitarei. O teu povo é meu povo e o teu Deus, meu Deus.

Na terra em que morreres, quero também eu morrer e aí ser sepultada. O Senhor trate-me com todo o rigor, se outra coisa, a não ser a morte, me separar de ti! (Rute 1, 16 s. Bíblia Ave Maria).

Tendo Davi acabado de falar com Saul, a alma de Jônatas apegou-se à alma de Davi e Jônatas começou a amá-lo como a si mesmo.[…]

Jônatas fez um pacto com Davi, pois o amava como a si mesmo.(I Samuel 18,1,3)

Nada é comparável a um amigo fiel, o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade de sua fé.

Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme o Senhor, achará esse amigo. Quem teme o Senhor terá também uma excelente amizade, pois seu amigo lhe será semelhante. (Eclesiástico 6–15–17 Bíblia Ave Maria)

“O amigo ama em todo o tempo: na desgraça, ele se torna um irmão. (Provérbios 17,17. Bíblia Ave Maria).

Era como se fôssemos dois corpos, mas uma única alma.

(Declaração de São Basílio Magno sobre sua Amizade com São Gregório de Nazianzo

Eu preciso argumentar ainda? Depois de tantas citações ad nauseam, eu queria ressaltar que há base bíblica e testemunho da Tradição para construirmos Amizades sólidas e pactuais. Talvez deixar que os textos falem por si seja um bom começo.

Rute e Noemi (e uma breve digressão)

Na narrativa de Rute e Noemi nós temos uma belíssima história de Amizade. Na qual um vínculo familiar torna-se um vínculo fraterno. Uma escolha de Rute por acompanhar a amiga na sua caminhada e uma renúncia de voltar para a sua família primária. Bom, essa é uma história lindíssima. E os votos que Rute faz a Noemi são levianamente citados em muitos votos de casamento. Os fundamentalistas dizem que texto fora de contexto é pretexto para heresia. Uma leitura descontextualizada dos votos de Rute pode nos fazer pensar, que o único lugar em que encontraremos relacionamentos duradouros e sólidos será no casamento.

E o que dizer da aberração de alguns teólogos inclusivos/afirmativos/queer que colocam Rute e Noemi como um casal lésbico? Enfim, a Revolução Sexual realmente deturpou a nossa visão sobre a Amizade. Isso tem sido discutido de maneira tímida ao longo dos anos. Quem denuncia isso de maneira enfática é o crítico literário C. S. Lewis em “Os quatro amores”:

“Para os antigos, a Amizade parecia o mais feliz e o mais completamente humano de todos os amores, a coroa da vida e a escola da virtude. Em comparação, o mundo moderno a ignora. Admitimos, é claro, que além da esposa e da família o homem precisa de alguns “amigos”, mas o próprio tom dessa admissão, e o tipo de companheiros que têm aqueles que chamam isso de “amizades”, demonstra claramente que o assunto de que estão falando tem muito pouco a ver com a Philia, que Aristóteles classificou entre as virtudes, ou aquela Amicitia, a respeito da qual Cícero escreveu um livro. É uma coisa à margem, não um prato principal no banquete da vida; uma diversão; e algo que preenche as lacunas de tempo na vida de uma pessoa. Como isso surgiu?”

O questionamento lewisiano tem muitas respostas. Eu quero acrescentar mais perguntas: por que não somos treinados para a Amizade de maneira mais rígida? Eu uso treinar no sentido wittgensteiniano, que implica em habilitar para algo, como para a Amizade. Por que não ouvimos massivamente desde bebês histórias sobre Amizades? Recentemente duas amigas da minha Paróquia se encontraram grávidas, uma é a minha madrinha de Crisma. Fiz questão de dar um exemplar do livro “Duas Amigas”, de Roseane Murray, da editora Paulus. Uma historinha leve e super agradável sobre Amizade.

Quando eu era criança, minha mãe contava do imperador e Daniel na cova dos leões. Aquela foi uma história que me formou como amigo. Fez-me entender que Amizades podem sofrer oposições, mas se forem verdadeiras sobrevivem.

Voltando à história de Noemi e Rute. Na antiguidade, ter filho era sinal de bênção. A Igreja Católica preserva essa tradição se opondo aos meios contraceptivos e ao aborto. Por entender que Deus tem um propósito específico para cada vida que começa na concepção. Não ter filhos era sinônimo de maldição. A esterilidade era o terror de todo casal. Há um salmo que compara filhos a flechas e diz que feliz é a família que enche sua aljava.

Noemi perde o marido e os filhos. Mas não perde a amiga. A lealdade de Rute é recompensada. Ela encontra um marido e tem um filho. Mas um detalhe dessa narrativa que muitos esquecem é que nos é dito é: Rute foi para Noemi melhor do que sete filhos. Sete é um número simbólico muito importante, simboliza divindade, sabedoria e completude. Isso mostra o quanto essa Amizade foi significativa.

Jônatas e Davi

Eu não pretendo explorar muito essa Amizade. Acredito que isso foi feito de forma exaustiva pelo reverendo Hélio, no seu livro “Jônatas, o amigo de Davi”. Eu já tive esse livro três vezes e sempre acabo dando para alguém. Enfim, é muito bom.

A narrativa inicia dizendo simplesmente que assim que Davi terminou de falar a alma de Jônatas se apegou à de Davi e Jônatas passou a amá-lo como a si mesmo. Em seguida temos o anúncio do pacto e repete-se que Jônatas ama Davi como a si mesmo.

E esse amor é posto `à prova diversas vezes. C. S. Lewis escreveu também que os governantes, as pessoas imbuídas de autoridade têm medo da Amizade. Porque a Amizade traz no seu bojo, a possibilidade de subversão da tirania.

Saul, o pai de Jônatas, passa a detestar Davi. Busca por todos os meios matá-lo. Mas Jônatas prefere desobedecer ao pai, que era o rei, e insistentemente protege Davi. Aí está uma atitude precursora da desobediência civil.

Jônatas salva Davi de armadilhas que seu pai engendra. A Amizade desses dois dura até a morte precoce de Jônatas em combate. Davi fica extremamente triste pela perda do companheiro de vida.

Nesse desespero ele compõe versos e faz uma declaração alarmante: o amor de Jônatas era maior do que o amor das mulheres. Davi era casado com mais de uma mulher. No entanto, nenhuma era capaz de fazê-lo se sentir amado como Jônatas fez.

Essa declaração tem colocado Davi na mira de revisionistas. E tentam colocá-lo como gay. Como dizia C. S. Lewis, as pessoas que vivem desconfiando de romance entre amigos, demonstram que nunca experimentaram uma Amizade genuína.

Quando Davi voltou da guerra, havia um filho de Jônatas que estava na linha de sucessão do reinado. Mefibosete era o nome dele. Era comum pessoas que não estavam na linha de sucessão, ao chegarem ao trono, matassem os descendentes legais. Mefibosete temeu.

Mas Davi foi misericordioso. Mostrou que a Amizade é mais forte que a morte. Davi tornou-se o novo rei e chamou Mefibosete para habitar na sua morada e foi generoso para com ele e sua família.

Adelfopoiesis, o rito que sela Amizade na história da Igreja

Ao longo da história da Igreja, ela viveu dinâmicas diversas. Foi perseguida, depois passou a perseguir. Mas a Amizade esteve sempre presente. Todavia, na Idade Média, a Amizade se cristalizou como rito.

O ignorante título dessa matéria do History mostra que lacrar é mais importante do que informar para alguns veículos. O título da matéria é “Sexo sempre foi proibido, mas casamento homossexual podia na Idade Média” [1]. Trata-se de um queerbaiting capcioso e desonesto.

Uma resposta a essa visão pode ser lida num texto de 1994, da professora de cristianismo primitivo Robin Darling Young [2]. Ela escreveu uma resenha crítica de um livro que afirmava que o cristianismo realizava casamentos homossexuais nesse rito. Isso em 1994. O artigo traz uma análise minuciosa de termos em grego e latim, evidenciando que a Igreja sempre manteve a tradição de casamento entre um homem e uma mulher.

A leitura supracitada é interessante, porque a própria autora participou de uma cerimônia em que sua Amizade foi selada com uma amiga. Uma amizade que tinha durado 9 anos em 1994. Se elas ainda forem amigas, como é provável, uma vez que pesquisas apontam que Amizades entre mulheres podem ser mais duradouras, são mais de 30 anos de Amizade.

A fim de cumprirem o mandamento de Cristo para que não ficassem sozinhos, mas que andassem no mínimo em duplas para a propagação do evangelho. Alguns cristãos celibatários entenderam que a maneira de viver sua vocação era partilhando sua vida com um amigo.

O rito consistia numa maneira de lembrar que onde houvesse no mínimo dois, Deus estaria no meio. Adelfopieiesis é literalmente “criação de irmãos”. A Igreja concedia uma bênção especial para essa dupla de amigos. E eles partilhavam a casa, as despesas e tinham até direito à herança.

Enfim, uma realidade que parece distante da nossa. Isso me lembra um questionamento de Judith Butler sobre quais relações o Estado poderia legislar. Muitas vezes a pessoa mais importante na vida de alguém não é o parceiro romântico, mas uma Amizade que se estende há décadas.

Uma digressão necessária, réquiem para um grupo que já amei

Em 2018, eu conheci um dos membros desse blog que mudou radicalmente minha vida. Criamos um grupo de whatsapp com o objetivo de apoiar cristão gays celibatários a seguirem em castidade. O objetivo era o incentivo mútuo para permanecer na ética tradicional e ainda ter uma vida saudável. Um safe space, no qual poderíamos desabafar sobre nossas lutas diárias.

No começo o grupo só aceitava evangélicos. Tinha um membro que ameaçava sair do grupo se colocassem um católico. Ele era presbiteriano e fundamentalista. Não considerava católicos irmãos. Chocando um total de 0 pessoas, hoje ele abandonou a ética sexual tradicional e namora um ex-aluno há quase um ano. Tornou-se um militante LGBT. Nós já fomos muito próximos e conversávamos todos os dias. Hoje ele nem responde às minhas mensagens. Na verdade, depois de um episódio maníaco que tive em 2021, ele mudou radicalmente comigo.

Enfim, aos poucos, as pessoas foram abandonando a ética tradicional e o grupo passou praticamente a ser majoritariamente composto por pessoas não celibatárias. Inclusive teve até casal que se conheceu através do grupo.

Antes dessa guinada ao progressismo, o pessoal admirava muito um autor que eu entrevistei, Pieter Valk. Ele é responsável por uma iniciativa interessante, uma espécie de mosteiro secular para homens celibatários. Isso nos fazia delirar. Quando o pessoal era mais conservador sonhávamos em um dia ter o nosso próprio mosteiro secular. Iríamos cuidar pessoalmente uns dos outros.

Enfim, no fim das contas o grupo acabou se tornando um clube do bolinha (des)viado. Não somente a ética tradicional foi rejeitada por alguns como o próprio zelo pelas relações e uma espiritualidade rasa. Eu insistentemente pedi para que houvesse mais diálogo com heterossexuais e fui rechaçado. “Héteros têm muito espaços seguros, eles não entendem”. Quando percebi tinha passado a virar um nós LGBT entendidos contra os héteros xucros e opressores.

Eu lembrei de um texto do crítico literário irlandês C. S. Lewis, em seu livro “O peso da glória”, tem um artigo intitulado “O círculo íntimo”. Nesse excelente artigo, Lewis versa sobre o prazer de certos em excluir. E era exatamente isso que estava acontecendo. Eu me retirei do grupo.

A Amizade como ato de fala performativo

Eu não sou como os católicos reacionários que olham para trás e dizem: olha como o passado era belo, precisamos voltar a ele. Não, não. Eu estou ciente de todo progresso científico e como ele tem melhorado nossas vidas. E é justamente sobre um desses avanços que eu gostaria de falar.

Em 1962, foi publicado o livro “How to do things with words” [ literalmente, “Como fazer coisas com palavras”, a tradução brasileira ficou conhecida como “Quando dizer é fazer”.]. É uma série de palestras do filósofo britânico John L. Austin. Publicadas postumamente.

A tese principal de Austin trata-se do Speech act [ em tradução livre, “ato do discurso”, que ficou conhecido no Brasil como “ato de fala”]. Segundo Austin, nós podemos ver os discursos divididos basicamente em dois blocos: constativos e performativos.

Os atos de fala constativos são aqueles que expressam uma descrição de algo. Por exemplo: João foi batizado. Já os atos de fala performativos são aqueles que criam uma realidade a partir do discurso. Por exemplo: eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ou seja, uma nova realidade foi criada a partir das palavras do sacerdote. Judith Butler usa esse conceito para falar sobre gênero. Mas isso é papo para outro texto.

A Amizade geralmente é vista como um ato de fala constativo: Davi é meu amigo. No entanto, a Adelfopoiesis nos faz olhar para o caráter performativo da Amizade. Não são apenas pessoas descritas como amigas, são pessoas que foram feitas irmãs, de maneira especial, através de um ritual legitimado pela Igreja.

Performatividade da esperança

Wesley Hill, um clérigo anglicano, que foi pioneiro na discussão sobre cristãos gays celibatários (ao lado do filósofo católico Ron Belgau, coordena o blog Spiritual Friendship), antes da ordenação recebeu um convite inusitado. Enquanto fazia seu doutorado na Inglaterra, recebeu um e-mail de um amigo. No e-mail o amigo contava sobre a gravidez da esposa e o convidavam não somente para ser padrinho, mas para morar com eles.

Wes deu uma resposta que eu me recordo com frequência “alegra-me saber que na economia de Cristo, não ser pai ou marido não significa viver sem família”. Ele voltou para os EUA, passou a morar com a família e tiveram sua Amizade selada no Batismo (que é um ato de fala performativo) da filha do casal. As fotos no instagram mostram que há uma boa relação familiar.

Em seu livro “Spiritual Friendship: Finding Love in The Church as a Celibate Gay Christian” [que em português significa basicamente: Amizade Espiritual: Encontrando Amor na Igreja como Um Cristão Gay Ce libatário”], Wes discorre exaustivamente sobre exemplos de pactos de Amizade ao longo da história e baseado numa filósofa católica desenvolve um olhar mais abrangente sobre esse rito e como podemos amar nossas Amizades de maneira pactual e sólida, não meramente de maneira leviana fugaz, como são muitos dos relacionamentos na modernidade líquida.

Um causo para encerrar

Em 2019, eu conheci Abraão Rosa, naquele grupo de cristãos não heterossexuais que guardavam a ética sexual tradicional cristã. Um jovem doce e amável. Minha alma se ligou imediatamente a dele. Ele lia meus textos, nós conversávamos sobre eles e pensávamos igual sobre muitas coisas.

Ele foi um grande incentivador do meu trabalho na internet. Ele não tinha muitas certezas sobre sua sexualidade, só sabia que não era heterossexual. Passou a publicar resenhas de um livro que não tem traduzido em português sobre solteirice. Bem como uma tradução que eu solicitei de um texto do Wes. Foi então que criei um grupo de base de interessados em desenvolver um blog semelhante ao blog Spiritual Friendship. Eu e o Abraão éramos as pessoas mais ativas na internet e posso dizer que fomos os fundadores oficiais do Vivendo em Comunhão.

Algo curioso, quando o blog foi fundado em 2020, eu era neocalvinista e o Abraão frequentava uma igreja pentecostal. Hoje eu sou um católico cada dia mais convicto e ele um anglicano iniciante. O blog Spiritual Friendship foi fundado por um filósofo católico e um teólogo anglicano, Ron Belgau e Wesley Hill.

Em fevereiro de 2020, Abraão mudar-se-ia para o RS para cursar medicina. Ele morava em Brasília e eu em Senador Canedo, Goiás. Foi então que marcamos um encontro que coincidiu com o dia de São Valentim. Aliás, o encontro o motivou a escrever um texto belíssimo [3].

Nós caminhamos por Brasília durante o dia todo, enquanto conversávamos sobre o nosso passado, presente e futuro. Dezenas de assuntos e era papo que não tinha fim. Fomos à Catedral de Brasília, ao museu, à Biblioteca Nacional, almoçamos juntos. E ele me deixou na rodoviária. Naquela época, Abraão se via como uma pessoa que não se casaria, hoje ele namora a Júlia que se tornou minha amiga.

Voltando para 2020, quando as aulas foram suspensas nós nos reuníamos diariamente numa chamada para fazer as leituras do lecionário evangélico, orar e conversar. Abraão já me ajudou muito. Conseguiu um freela de redator para mim, na qual pude ganhar uma grana razoável. Já me presenteou, assim como eu já o presenteei. Sempre se mostrou solícito. Até dinheiro já me deu em momentos de aperto financeiro. Enfim, eu sou muito grato por essa Amizade.

Fizemos um pacto de entrelaçar os dedinhos e tudo. Mesmo morando no RS, temos contato com frequência. Nessa semana mesmo, engatamos uma conversa que durou mais de duas horas.

No futuro, algo que ainda não comentei com ele, pretendo fazer uma festa e convidar um sacerdote para selar nossa Amizade. Convidar amigos próximos, celebrar, conversar e encher o bucho.

Eu desejo que toda pessoa tenha pelo menos um amigo como eu tenho o Abraão, assim como Noemi tinha Rute e Davi tinha Jônatas.

Eu já tive a oportunidade de ser oficiante de um pacto de Amizade entre um amigo e uma amiga. Eu tive acesso à liturgia utilizada numa igreja ortodoxa hispânica. Eu adaptei o rito e fiz uma versão brasileira. Se eu encontrar nos meus arquivos eu posto em breve.

  1. ttps://www.canalhistory.com.br/historia-geral/sexo-sempre-foi-proibido-mas-casamento-homossexual-podia-na-idade-media>
  2. <https://www.firstthings.com/article/1994/11/gay-marriage-reimagining-church-histor>
  3. <https://medium.com/@vivemcomunhao/os-solteiros-e-o-dia-de-s%C3%A3o-valentim-29d044885000>

--

--

Vivendo em Comunhão

Iniciativa fraterna interessada em promover a perspectiva cristã saudável sobre gênero, sexualidade, raça, Comunhão, Amizade e Hospitalidade.